De acordo com (GRIGORENKO, STERNEMBERG, 2003, p.29):
“Dificuldade de aprendizagem significa um distúrbio em um ou
mais dos processos psicológicos básicos envolvidos no entendimento ou no uso da
linguagem, falada ou escrita, que pode se manifestar em uma aptidão imperfeita
para ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar ou realizar cálculos
matemáticos”.
Quando a criança começa a ler, a maioria dos alunos tende a ver
as palavras como imagens, com uma forma particular ou um padrão. Eles tendem a
não compreender que uma palavra é composta de letras usadas em combinações
particulares, que correspondem ao som falado. É essencial que os alunos sejam
ensinados e aprendam a arte básica de decodificação e soletração desde o
inicio.
A ação de escrever exige também da parte da criança uma ação de
analise deliberada. Quando fala, ela tem consciência das operações mentais que
executa. Quando escreve, ela tem de tomar consciência da estrutura sonora de
cada palavra, tem de dissecá-la e produzi-la em símbolos alfabéticos que tem de
ser memorizado e estudado de antemão. (Vygotsky, 1979) Segundo o autor podemos
concluir que a dificuldade de aprendizagem é um distúrbio psicológico que causa
problemas a criança, quando esta se encontra no início do processo de
alfabetização.
Já para (SMITYH, STRICK, 2001, P.14) dificuldades de aprendizagem
são “... problemas neurológicos que afetam a capacidade do cérebro para
entender, recordar ou comunicar informações”.
A função primordial da escola seria, para grande parte dos
educadores, propiciarem aos alunos caminhos para que eles aprendam, de forma
consciente e consistente, os mecanismos de apropriação de conhecimentos. Assim
como a de possibilitar que os alunos atuem, criticamente em seu espaço social.
Essa também é a nossa perspectiva de trabalho, pois, uma escola transformadora
é a que está consciente de seu papel político na luta contra as desigualdades
sociais e assumem a responsabilidade de um ensino eficiente para capacitar seus
alunos na conquista da participação cultural e na reivindicação social.
(Soares, 1998).
Mas, frequentemente o aprendizado fora dos limites da
instituição escolar é muito mais motivador, pois a linguagem da escola nem
sempre é a do aluno. Dessa maneira percebemos a escola que exclui, reduz limita
e expulsa sua clientela: seja pelo aspecto físico, seja pelas condições de
trabalho dos professores, seja pelos altos índices de repetência e evasão
escolar ou pela inadaptabilidade dos alunos, pois a norma culta padrão é a
única variante aceita, e os mecanismos de naturalização dessa ordem da
linguagem são apagados. (Soares, 2003).
Nesse ponto voltamos a falar sobre tecnologia que tratamos no
post http://educacaosemea.blogspot.com.br/2016/06/o-uso-das-tecnologias-em-sala-de-aula.html
. O uso da tecnologia ajuda a trazer os alunos para dentro da sala e hoje é a língua falada pelos jovens, logo a
escola e os professores precisam se adaptar e usá-la como ferramenta pedagógica
para integrar os alunos e fazer com que se interessem novamente pelo ensino e
encontrem na escola a motivação, interesse por parte dos professores em querer
educar e ver nas aulas conteúdo além daquilo que eles podem facilmente
encontrar com apenas um clique.
Referências:
- http://www.profala.com/arteducesp180.htm
- GRIGORENKO, Elena L. STERNBERG, Robert J. Crianças Rotuladas-O que é Necessário Saber sobre as Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2003.
- SOARES, M. Letramento: como avaliar, como medir. In: SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autentica, 1998.
- SHIMITH, Corinne. Dificuldades de aprendizagem de A a Z. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.
- SOARES, M. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação. UMFMG, outubro 2003.